Opinião

Presidente é alvo de críticas por suspender atendimento presencial na Câmara de Santa Maria

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Nem bem assumiu a presidência da Câmara de Vereadores de Santa Maria, em 1º de janeiro, o vereador Valdir Oliveira (PT) enfrenta a primeira polêmica ao determinar, com o apoio de parte dos membros da Mesa Diretora, a suspensão do atendimento presencial a partir desta segunda-feira até 21 de janeiro.

A medida, assinada pela Secretaria-Geral da Casa, foi motivada pelo fato de servidores do Legislativo testarem positivo para a Covid-19. Como precaução, o trabalho dos funcionários será remoto nesse período

Valdir argumentou que a ordem de serviço foi determinada depois de ouvir especialistas, como a infectologista Jane Costa,  e o secretário de Saúde, Guilherme Ribas, e também para evitar a contaminação de mais servidores.

Câmara de Vereadores suspende atendimentos presenciais em função de casos de Covid-19

"Esta é uma época de recesso, por isso não vamos ter prejuízo. Não temos sessões ordinárias nem comissões parlamentares. Conversei com a médica infectologista Jane Costa e com a Mesa Diretora, a maioria dos parlamentares concordou com a decisão", afirmou o presidente do Legislativo. Domingo, ele informou que mais servidores testaram positivo e que a medida evitará uma "contaminação em massa", já que há funcionários de diferentes setores com a Covid.

Foto: Eduardo Ramos (Diário)/

Por 11 dias, o Poder Legislativo não terá atendimento presencial à população. Trabalho será remoto

A decisão da Mesa, entretanto, foi duramente criticada por alguns vereadores, que foram às redes sociais contestar o presidente, especialmente por não ter determinação do Gabinete Estadual de Crise ou ser amparada em decreto municipal. Entre eles, Tubias Calil (MDB), Pablo Pacheco e Roberta Leitão, ambos do Progressistas, e Tony Oliveira (PSL).

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O Conselho de Presidentes das Entidades Empresariais de Santa Maria também manifestou sua contrariedade com a medida. Em nota, o conselho disse que o presidente tomou uma decisão sem ouvir o plenário e que "há um zelo demasiado", já que, atualmente, há vacinas. A nota também frisa que, com a ordem de serviço, a população comum fica impedida de acessar "a chamada Casa do Povo."  Sobre a posição das entidades, Valdir Oliveira afirmou, domingo, que respeita a decisão, mas que nem foi procurado para tratar do assunto.

É legítima a preocupação do Conselho de Entidades Empresariais já que a classe acumulou prejuízos, principalmente com o comércio fechado, e serve como precaução para o futuro, já que a variante Ômicron avança de forma acelerada.

Já sobre a Câmara, não vejo muitos prejuízos, uma vez que a Casa está em recesso, funciona só pela manhã nesse período e não há comissões em funcionamento nem sessões sendo realizadas. Há parlamentares que nem têm ido aos gabinetes com tanta frequência neste período de férias.

E, como o trabalho dos vereadores é ajudar na solução dos problemas de suas comunidades, é natural que eles estejam mais na rua do que nos gabinetes.Também por ser um período de férias de parte dos santa-marienses, talvez passe despercebido por uma parcela da população que o Legislativo ficou sem atendimento presencial por 11 dias.

"Quem votou em mim ou não votou terá o mesmo tratamento" diz Valdir Oliveira

Independentemente de polêmica, o importante é o incentivo à vacinação, ainda mais diante dos milhares de casos de Covid registrados nos últimos dias. São os imunizantes que vão garantir trabalho e órgãos públicos e comércio de portas abertas.  

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